Hoje, às 16h, no Palácio José Augusto, Centro de Natal, tomam posse os deputados estaduais do Rio Grande do Norte. Apesar das especulações de que até a presente data a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) já teria maioria na Casa, ela segue com o mesmo placar imposto pelas urnas: 13 x 11 para a oposição.
Apesar de deputados como Hermano Morais e Poti Júnior, ambos do PMDB, terem sinalizado a possibilidade de migrar para a base governista, o que inverteria o placar, o secretário de Articulação Política Esdras Alves explica a demora para a mudança de patamar no Legislativo. "A governadora não poderia atrair novos aliados antes da posse. Seria um desrespeito com o Legislativo. Estamos aguardando a definição da eleição da mesa para termos uma noção do cenário no Legislativo. Como os trabalhos só começam no dia 15, optamos por esperar", explicou.
Outro peemedebista cotado para integrar a base governista é Gustavo Fernandes. Os membros do PMDB estão liberados para ocupar espaços no governismo. Por enquanto, o único deputado do partido com adesão descartada é Nélter Queiroz, que anunciou que fará oposição ferrenha.
Todo governo esperar ter uma maioria superior a dois terços do parlamento, a chamada "maioria constitucional". Contando com os peemedebistas que devem mudar de lado, Rosalba chegaria a 14 parlamentares em sua base, dois a menos que os 16 necessários.
Para chegar a esses números, ela precisa aumentar a base aliada. Para isso, já teria conversas avançadas com Agnelo Alves (PDT), que não descarta essa hipótese. Por enquanto, diz ser "independente".
Outros nomes citados para ir para o governismo são os de Fábio Dantas (PHS) e George Soares (PR). No entanto, questões locais atrapalham. Fábio é adversário da prefeita de São José de Mipibu, Norma Ferreira (PMN), e George do prefeito do Assú, Ivan Júnior (PP), que apoiaram Rosalba nas últimas eleições. Fábio já tem adotado um discurso oposicionista, inclusive fazendo cobranças à nova governadora. Além deles, quem pode chegar à base governista é Ezequiel Ferreira (PTB). Embora seja primo do ex-governador Iberê Ferreira (PSB), derrotado por Rosalba nas urnas, o petebista seria atraído pelo vice-governador Robinson Faria (PMN), com quem possui afinação política. A base eleitoral não seria problema para Ezequiel. A irmã dele, Milena Ferreira (PTB), é vice-prefeita de Currais Novos, onde o prefeito Geraldo Gomes é filiado ao DEM.
Os deputados do PSB e PT formarão a bancada da oposição. Fernando Mineiro (PT) deve liderá-la.
O secretário Esdras Alves mostra otimismo na construção de uma maioria sólida na Casa e descarta dificuldades na relação entre Legislativo e Executivo. "Não teremos problemas entre a governadora e os deputados. Ela tem experiência e saberá lidar com os deputados", acrescentou.
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